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Ensinamento

Uma forma para Íshvara
Miguel Homem
15-11-2010


Toda a forma é uma forma de Íshvara e em qualquer forma eu posso invocar o todo. Se alguém puxa o meu dedo mindinho, quanto de mim invoca? Apenas um bocadinho? Ou todo eu? Quando alguém me toca todo eu sou chamado. Quanto tocamos o corpo estamos a invocar a pessoa, não o dedo mindinho.
Assim, quando invoco Íshvara numa forma, invoco-o numa forma que é um aspecto da causa material, invoco o nimitta kárana, sarvajñah, o princípio inteligente. Na forma inerte, jada, invocamos chaitanya, consciência, sarvavyápí, que tudo permeia.

Existem algumas formas que chegaram até nós dentro da tradição. Porque foram essas e não outras, não interessa saber. Respeitamo-las, porque fazer equivaler uma forma a Íshvara não é trabalho de um dia.
Não é fácil fazer a ponte, entre o produto e um nome. Pensamos em gillette e imediatamente uma lâmina de barbear nos surge na mente. Pensamos em chiclets e imediatamente surge a ideia de uma pastilha elástica. A chiclets precisou de 75 anos para, em Portugal, fazer equivaler esse nome de uma marca a um objecto com outro nome - pastilha elástica. Imagine-se agora o tempo para desenvolver a ponte entre um cabeça de elefante e o todo, ganapati e Íshvara, ou outros. Assim, vale qualquer forma que nos remeta para o todo e várias nos foram transmitidas pela tradição.

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Quando pensamos no todo e imediatamente nos surge uma forma favorita encontrámos o nosso ishta devatá.

Se a definição de meditação é saguna brahma vishaya mánasa vyápárah, a actividade mental em relação com Brahman na forma de Íshvara, torna-se fácil entender o que é meditação, como também se torna fácil entender que a diferença entre kírtana e meditação é que uma é vachikam karma, acção falada, e a outra é mánasa karma, actividade mental.

 


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