Tempo: 30 a 40 minutos
Nível: Intermediário
Sinopse: voluntariamente, você deixa surgir, observa e elimina pensamentos e impressões latentes. Isto desenvolve a capacidade de auto-análise. Cada experiência que não for corretamente analisada e descartada, volta ao subconsciente. Após várias seqüências de pensamentos voluntários, se intercala um período de observação da tela mental.
Sente na sua posição preferida, mantendo as costas eretas. Inspire profundamente e vocalize o mantra Om durante sete fôlegos: Om, Om, Om, Om, Om, Om, Om.
Consciência total no seu corpo físico. No seu corpo inteiro e na posição sentada. Tome consciência da sua espinha dorsal, que está totalmente ereta, sustentando o pescoço e a cabeça. Tome consciência da posição equilibrada dos braços e pernas. Consciência total no seu corpo inteiro. Seu corpo inteiro, dos pés à cabeça.
Agora visualize o exterior do corpo. Como se você estivesse se vendo num espelho. Veja seu corpo na posição de meditação. Pela frente. Pelo lado direito. Pelo lado esquerdo. Por trás. Por cima. E depois, de todos os lados ao mesmo tempo. Esteja consciente do corpo. Consciência total no seu corpo inteiro. Seu corpo inteiro, como uma unidade.
Depois, imagine-se como se estivesse crescendo desde o chão. Como uma árvore. Suas pernas são as raízes da árvore. O resto do corpo é o tronco. Você está crescendo a partir do chão, fixando-se no chão. Absolutamente estável. Absolutamente imóvel. Como se fosse uma árvore enorme e forte. Perceba-se, vivencie-se crescendo a partir do chão. Fixando-se no chão. Unindo-se com o chão. Você está absolutamente estável. Absolutamente imóvel. Consciência intensa.
Tome consciência das sensações físicas que o seu corpo experimenta. Consciência total em todas as sensações físicas. Permita que estas sensações se transformem num foco para o seu pensamento. Consciência total. Concientize-se das partes do corpo, começando pela cabeça. Visualize a sua cabeça e mantenha consciência total nela. Faça o mesmo com o pescoço. Com o ombro esquerdo. Com o braço direito. Com o braço esquerdo. Com a mão direita. Com a mão esquerda. Permaneça consciente das costas inteiras. Do peito. Do abdômen. Do glúteo direito. Do glúteo esquerdo. Mantenha-se consciente da perna direita. Da perna esquerda. Do pé direito. Do pé esquerdo. E depois, do corpo inteiro. Permaneça consciente do corpo inteiro, de uma só vez. Intensifique a consciência do corpo.
Faça o sankalpa: tome a resolução de permanecer absolutamente estável e imóvel durante toda a prática. Repita mentalmente: 'durante toda a prática fico absolutamente estável, absolutamente imóvel. Absolutamente estável e imóvel.' Fique atento aos sinais de desconforto do corpo. Consciência total em todos os sinais de desconforto: dor, coceira, formigamento, necessidade de deglutir saliva, o que for. E permaneça absolutamente firme e imóvel. Quando você se prepara para permanecer atento e evitar todo e qualquer movimento, o corpo permanece imóvel e rígido como uma estátua. E você percebe uma sensação de levitação astral. Se houver algum movimento inconsciente, tome consciência desse movimento. Torne-o consciente. Consciência total no corpo e na estabilidade. Consciência total no corpo e na imobilidade. Seu corpo está totalmente estável e imóvel. Absolutamente firme e descontraído. Esta é a forma da sua consciência agora.
Você está preparado para manter esse estado. Sinta seu corpo ficando mais e mais rígido. Mais e mais firme. Tão rígido e firme que, depois de algum tempo, você não consegue mais se mexer. Consciência total no corpo e na rigidez. Consciência total no corpo e na firmeza. Seu corpo está absolutamente rígido e firme. Rígido e firme, porém, perfeitamente descontraído e relaxado. Absolutamente imóvel. Consciência intensa.
Ao manter a consciência centrada, você sente o seu corpo ficar cada vez mais leve, cada vez mais sutil. Tão leve e sutil, que a consciência do corpo desaparece. A consciência do corpo desaparece.
Este é o momento para colocar a consciência no fluxo do seu pensamento. Fique ciente de cada pensamento. Pense no que você está pensando. Seja testemunha dos seus próprios pensamentos. Observe o seu apego aos pensamentos, e como esse apego produz ainda mais pensamentos. Permita que a sua mente pense o que for; apenas observe-se. Seja testemunha. Abra as portas do subconsciente.
Escolha apenas um pensamento. Fique consciente de todos os pensamentos que surgem a partir daquele. Focalize a atenção nessa seqüência. Não permita que apareçam pensamentos alheios a ela. Mantenha a consciência fixa nela.
Ao concluir a seqüência, escolha outro pensamento e permita que uma nova seqüência comece a partir daquele. Escolha preferentemente pensamentos negativos, que estejam associados a alguma carga emocional. Os melhores pensamentos para meditar são os piores que você puder conceber agora. Ao concluir essa seqüência, escolha outro pensamento e observe outra seqüência começando a partir dele.
Agora tome consciência de chidákásh, a tela mental à frente dos seus olhos fechados. Este é o lugar onde acontecem as visões subconscientes. Fique atento a quaisquer visões que possam surgir. Seja testemunha. Mesmo que não surja nenhuma visão, continue contemplando a sua tela mental.
Coloque a atenção no fluxo dos pensamentos. Pense no que você está pensando. Sinta o que você está sentindo. Continue criando e descartando pensamentos. Dê preferência aos pensamentos negativos. Apenas observe-os. Observe como eles surgem espontaneamente. Detenha-se num pensamento que se destaque dos demais. Preste atenção aos pensamentos que surgem a partir daquele. Ao concluir essa seqüência, escolha outro pensamento e observe outra seqüência começando.
Torne a observar o chidákásh, o espaço vazio frente aos seus olhos fechados. Chidákásh é a expressão de todos os aspectos da consciência. Observe e seja testemunha das visões que aparecerem. Coloque a consciência nos pensamentos. Continue criando e descartando pensamentos, mas sem se comprometer com eles. Sem se emocionar. Apenas observe-os. Veja como surgem uns dos outros. Agora escolha apenas um pensamento. Fique consciente de todos os pensamentos que surgem a partir daquele. Focalize a atenção nessa seqüência. Não permita que apareçam pensamentos alheios a essa seqüência. Mantenha a consciência fixa nela.
Ao concluir a seqüência, escolha outro pensamento e permita que uma nova seqüência comece a partir dele. Traga a sua consciência para o chidákásh, a tela mental. Observe as visões que possam surgir, sem apegar-se a elas. Coloque a atenção no fluxo do pensamento. Escolha um pensamento. Fique ciente de todos os pensamentos que surgem a partir dele. Focalize a atenção nessa seqüência. Depois, escolha outro pensamento e permita que uma nova seqüência comece a partir dele.
Agora tome consciência de chidákásh, a tela mental à frente dos seus olhos fechados. Fique atento a quaisquer visões que possam surgir. Observe-se observando a sua tela mental. Seja testemunha.
Neste momento, comece a exteriorizar a atenção. Observe os sons à sua volta. Observe a sua respiração. Fique atento ao momento presente, aos seus sentimentos. Tome consciência do efeito da prática, do ásana em que você está sentado, da sala. Então, movimente-se devagar. Volte sem pressa nenhuma. Abra os olhos. A prática de antar mouna está completa.
Om Shanti, Shanti, Shanti. |