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Prática

A respiração completa
Miguel Homem
13-09-2017


É dito que a respiração deve ser: nasal, profunda, consciente, completa, controlada, lenta e uniforme. Se esta respiração, que chamaremos sucintamente de respiração completa, não é conquistada, o prāṇāyāma no seu verdadeiro sentido nunca será feito, por mais técnicas que se conheçam e se imitem.


A respiração é nasal. Regra geral é nasal não só na inspiração, mas também na expiração. Na inspiração nasal as impurezas do ar são logo filtradas e o ar é aquecido ao longo dos canais do nariz. Quando expiramos também pelo nariz, o ar que vem quente vai reaquecer aqueles canais. Se expirássemos sempre pela boca estaríamos a desequilibrar o organismo, uma vez que consecutivamente faríamos o ar entrar frio sem nunca compensarmos aqueles canais pelo arrefecimento


A respiração é profunda na medida em que se utiliza a totalidade da capacidade pulmonar. É completa na medida em que usa as diferentes fases da respiração que, por agora, podemos chamar de abdominal e torácica. A respiração é consciente na medida em que evitamos qualquer exercício mecânico e estamos despertos para o que acontece. Por fim, controlada, uniforme e lenta na medida em que a cadência da respiração acontece de maneira a não se perder o fôlego, o fluxo do ar é contínuo, sem interrupções, gradual e constante. Uma forma de fazer a respiração lenta que é característica do prāṇāyāma é respirar com uma resistência à passagem do ar de forma a que o fluxo de ar se torne mais restrito. É o que acontece com a contração da glote no ujjāyī ou com as formas de respiração alternada por uma narina e até mesmo fechando parcialmente a narina aberta. A respiração lenta influencia o sistema nervoso autónomo, reduz o batimento cardíaco e a pressão sanguínea, traz a sensação de calma e estabilidade que caracterizam os primeiros efeitos do prāṇāyāma.


É de fundamental importância que cada inspiração e expiração terminem de forma tranquila. A tentativa de capturar mais ar no final da inspiração e forçar mais saída de dar na expiração para conseguir uma respiração mais longa, vai perturbar o ciclo seguinte de prāṇāyāma. Não deve haver esforço ou exagero na respiração.


Existem várias formas da respiração completa. Algumas mais tradicionais e conhecidas pelos seus diferentes efeitos. É importante conhecer as principais formas da respiração completa, assim como é importante dominar essas formas da respiração para podermos aplicá-las nos prāṇāyāmas.


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